Neste post, a Oficina de Inverno te conta por que você deve incluir a cidadela no roteiro da sua próxima viagem ao Peru. Assim, neste post, oferecemos as principais informações sobre Machu Picchu. Assim, a nossa ideia é fornecer os subsídios para que você monte o roteiro que é a sua cara.
Uma das grandes vantagens é que Machu Picchu, que fica na cidade de Aguas Calientes, é cercada por outros locais turísticos importantes do país e você pode aproveitar para juntar tudo em um roteiro só. É o caso, por exemplo, de Cusco. A famosa cidade peruana fica pertinho de Machu Picchu. Em um roteiro de 5 dias dá pra visitar os dois locais bem. Mas há outras opções para montar o roteiro, conforme você pode ver a seguir.
Opções de roteiro que você pode montar
Então, deixamos abaixo algumas opções de roteiro que você pode organizar, dependendo do tipo de viagem que você quer fazer:
- Apenas Machu Picchu
- Cusco e Machu Picchu (pode ser um bate e volta)
- Cusco, pernoite em Aguas Calientes e Machu Picchu. Para chegar a Machu Picchu, pegue um dos micro-ônibus que saem de Aguas Calientes. Dá pra ir a pé também
- Cusco, Vale Sagrado dos Incas, que fica na cidade de Ollantaytambro, entre Cusco e Aguas Calientes, e Machu Picchu
- Lima, Cusco e Machu Picchu
Apesar de ser perfeitamente possível montar esse roteiro sozinho – este guia te ajuda nisso –, contratar uma agência local pode ser uma boa opção caso esta seja a sua primeira viagem ou você esteja se sentindo inseguro.
História de Machu Picchu
O nome Machu Picchu, da língua quíchua, significa “velha montanha”. Isto faz todo sentido se pensarmos que a cidade foi construída no século XV. No entanto, foi descoberta apenas em 1911. Já em 1983 o local foi declarado Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco. Hoje, é um importante sítio arqueológico que prova a existência dos incas. Além disso, foi eleito em 2007 uma das Novas 7 Maravilhas do Mundo Moderno.
Assim como as linhas de Nazca (veja mais aqui), o motivo pelo qual essa cidade foi abandonada segue um mistério entre a comunidade de estudiosos do assunto. A reportagem “Machu Picchu: a misteriosa cidade dos incas“, do site Aventuras na História, é uma boa leitura para conhecer mais sobre a cidade. Em “O que acontecia na cidade secreta de Machu Picchu?”, matéria da Superinteressante, você vai ficar ainda mais curioso(a) sobre a cidade.
Visitando a cidade de Machu Picchu
Com trilhas nas montanhas, templo sagrado e uma vista de tirar o fôlego – entre outras coisas maravilhosas, claro -, a cidade de Machu Picchu fica a mais de 2.000 metros de altitude. O local é a cara do Peru e vale muito a pena conhecer. Vamos ver, então, alguns pontos dentro da cidade.
Chegando na cidade, uma das regras do local é a visitação com guia, que pode fazer três tipos diferentes de circuitos, que são fixos:
- CIRCUITO 1: o mais longo, com três horas de duração. É o mais indicado e completo no que diz respeito aos locais e à experiência, já que proporciona aquela vista maravilhosa pela qual o Machu Picchu é conhecido. Isso após a subida de 240 metros. Por isso, exige mais do visitante.
- CIRCUITO 2: este circuito possui duração intermediária entre as opções apresentadas, com 2h30. O 2º circuito não compreende a parte agrícola de Machu Picchu.
- CIRCUITO 3: o circuito mais curto, dura cerca de duas horas. Esta é uma rota especial para pessoas que possuem dificuldades motoras ou que inspiram cuidados.
Abaixo, deixamos algumas opções do que fazer em Machu Picchu.
O que fazer em Machu Picchu
1. Inti Punku
O local, cujo nome significa Porta do Sol, é a entrada oficial de Machu Picchu. É a entrada usada pelos antigos incas e a o ponto de chegada de quem faz a trilha de quatro dias a pé – falamos mais dela abaixo.
2. Templo do Sol
O Templo do Sol é a única construção semicircular de Machu Picchu e um local sagrado, construído para cultuar o deus Sol. Estudiosos acreditam que uma gruta localizada abaixo do templo seria o mausoléu onde eram enterrados lideranças incas.
3. Montanha Machu Picchu
Outra opção dentro da cidade de Machu Picchu é conhecer a montanha de mesmo nome, com seus mais de 600 metros de altura. A trilha para subir e descer dura em torno de três horas. O percurso de subida dessa trilha é mais longo e cansativa que o da montanha Huayna Picchu, que veremos a seguir. Essa dificuldade se dá também por ser uma montanha mais íngreme. Esta trilha também tem limite de visitantes (verifique no período de sua viagem).
4. Huayna Picchu
A montanha piramidal que você pode ver na foto acima é a Huayna Picchu, a outra montanha da cidade, excelente para ter uma visão ampla da cidade, de cima. Contemplar essa vista é uma maravilha, mas vale lembrar que lá de cima a vista é diferente, já que Huayna Picchu faz parte da vista icônica da cidade! Outro detalhe importante: você precisa decidir se vai fazer a trilha em uma das montanhas antes da viagem, já que é necessário comprar a trilha separadamente da entrada ao parque.
Qual é a melhor época para ir a Machu Picchu?
Considerando que é uma viagem que envolve muita caminhada e exploração da área ao ar livre, você não vai querer ter a chuva como companhia, não é mesmo? Por isso, a época em que a região está mais seca é a ideal para viajar para o Machu Picchu. Isso significa visitar o local entre os meses de maio e outubro.
Esse período contempla o inverno no Hemisfério Sul (que acontece entre os meses de junho e setembro), por isso não esqueça de viajar bem preparado com roupas de frio adequadas ao clima. Em meados de junho a cidade registra os dias mais frios do ano, então fique atento! Aliás, procure selecionar roupas e calçados bem confortáveis para fazer as caminhadas sem passar perrengue!
Além disso, entre os meses junho e agosto Machu Picchu registra a alta temporada. Isso quer dizer mais turistas e preços mais altos também.
Como chegar a Machu Picchu
É comum entre os viajantes brasileiros fazer a viagem para o Machu Picchu a partir de Cusco, cidade que fica a apenas 112 km de distância de Machu Picchu. Lima, por outro lado, fica a 1.183 km de distância, um percurso bem mais longo a percorrer, caso você esteja na capital peruana e deseje visitar as famosas ruínas da civilização inca.
Você pode optar por um dos voos diretos disponíveis no Brasil até Lima (Avianca e Latam estão entre as opções de companhias aéreas que cobrem o trajeto) e de lá embarcar em outro voo (de apenas 1 hora), dessa vez até Cusco, cidade que por sua vez fica bem próxima a Machu Picchu. Uma boa é marcar os voos juntos e não separadamente, assim facilita a vida em caso de algum problema ou atraso. Em Cusco, pegue um trem até Machu Picchu. Uma das opções é o Inca Rail.
Outra opção é partir de Cusco pela famosa Trilha Inca até Machu Picchu. A versão clássica leva quatro dias e três noites para ser completada. Já a versão curta, para quem não tem tanto tempo ou fôlego para percorrer 43 km de caminhada, demanda dois dias e uma noite.
Conforme já falamos neste post, para viajar para o Peru não há exigência de passaporte. Você pode entrar portando apenas o seu RG. A facilidade para os turistas brasileiros acontece graças a um acordo feito pelos países membros do Mercosul. Por isso, aproveite!
Como funciona a viagem para o Machu Picchu
É importante saber, logo de início, que a quantidade de visitantes diária em Machu Picchu é limitada. Por isso, é interessante comprar o seu ingresso com antecedência. De preferência ainda no Brasil, antes da viagem, neste link. Você também pode comprar o ingresso em Cusco, mas acaba sendo mais arriscado.
Dicas extras do Mamute
Por fim, mais algumas dicas para ajudar você a fazer a viagem dos sonhos para Machu Picchu, com tudo que tem direito!
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SEGURO VIAGEM: pela questão da altitude no Peru, é sábio contratar um seguro viagem. Isto porque nós, brasileiros, não estamos habituados com a altitude. Além disso, te deixa seguro(a) em caso de contratempos. Viajar tranquilo não tem preço!
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ACLIMATAÇÃO: para se aclimatar, ou seja, se adaptar à diferença de altitude e não passar mal, com dor de cabeça e enjoos – no Peru chamam de “soroche” o mal-estar causado pela altitude – mascar as folhas ou tomar o chá de coca ajuda bastante. Outra opção é tomar uma das soroche pills, facilmente encontradas em Cusco. Além disso, nada melhor que fazer um roteiro em um ritmo mais leve, caso não esteja se sentindo tão bem no início. O equilíbrio vale também para comida e bebida, especialmente no primeiro dia de viagem. Vale lembrar que nem todo mundo sofre com o mal de altitude – comum no Peru, Chile e Bolívia –, mas se este for o seu caso, estas dicas ajudam bastante!
— - PASSAPORTE: para fechar, não esqueça de levar o seu passaporte para Machu Picchu. Na saída do parque é possível pegar o carimbo e ter mais uma recordação de uma viagem inesquecível!
Bônus: aplicativos básicos que vão ajudar na viagem
No mundo em que vivemos, aproveitar as facilidades que a tecnologia proporciona pode ser uma verdadeira “mão na roda” para os mamutes viajantes. Por isso, deixamos algumas dicas abaixo para tornar sua viagem mais fácil.
Booking
O Booking é um excelente aplicativo para fazer pesquisa de hospedagem e também para reservar o seu hotel ou hostel. Uma coisa bacana é que você pode conseguir descontos e promoções que muitas vezes não estão disponíveis na compra direta com o hotel.
Aplicativo da sua companhia de viagem
Se a companhia aérea que você vai viajar tem aplicativo, é uma boa baixar no seu celular, mesmo que deixe instalado apenas pela duração da viagem. Em geral, esses aplicativos facilitam a comunicação com a empresa e outros trâmites da viagem, como check-in.
Este é apenas um dos posts da Oficina de Inverno e nosso blog está recheado de conteúdos à espera da sua leitura. Viaje por destinos variados antes mesmo de embarcar com os nossos posts. Desde 2014 produzimos material atualizado sobre destinos de viagens. Já ajudamos muitos viajantes a fazer a viagem dos sonhos!